Estão a ser dias muito pouco propícios para escrever, ademais do trabalho o treino de moto esta-me a roubar as tardes e cada minuto que temos livre toca investigar e fazer preparativos. E quanto mais preparamos mais cousas vão aparecendo e isto parece que não vai acabar nunca.

Vai ser uma boa temporada fora e há muito que arranjar: Ver se alugar a casa, onde deixar o gato, desfazer-nos de todo o prescindível, buscar maneiras de ter ingressos no caminho, fazer contas e ver até onde podemos chegar…
Por decidir ainda não decidimos se ir numa moto ou em duas, e necessitamos sabe-lo para buscar a moto que melhor se ajeite. Não é igual ir os dous numa moto e carregada até arriba com toda a equipagem, para o que necessitamos uma moto relativamente potente, que repartir tanto o nosso peso como o das malas em duas motos mais pequeninhas. E com as motos acontece o mesmo que com os preparativos, quanto mais miro menos claro o tenho. Não gosto das big-trail tipo GS, são muito pesadas e não me quero ver no meio duma trilha paquistanesa  tentando levantar mais de 200Kg de moto, ademais as suas capacidades off-road são bastante limitadas.

Em busca da Trail perfeita

Primeiro namorei da Derbi Terra Adventure de 125cc, esta pequena mas com coração grande demonstrou do que é capaz em viagens a Marrocos e Siria e completando o Mongol Rally, entre outras aventuras. Mas vai ficando descartada por vários motivos, primeiro porque por mui bem aproveitado e feito que seja o motor, não deixa de ser uma 125; e segundo porque não é singelo adaptar-lhe umas malas rígidas, não se comercializa suporte para elas e teria de fazê-las artesanais. E por desgraça não tenho essa habilidade com o maçarico.

Derbi Terra Adventure

O meu segundo namoramento motociclista foi, e ainda é, a Yamaha Ténéré 250, com um bocado mais de potencia, de espírito aventureiro e uma estética da que gosto. Seria a candidata perfeita mas só se vende no Brasil :(. Até pensamos em voar ao Brasil, comprar esta moto e começar a viagem lá, mas acho que não nos permitiriam “importá-la” na Europa, não sem passar por caixa.

Yamaha XTZ Ténéré 250

E o terceiro e por agora último é a Kawasaki KLX 250S. Podem-se encontrar modelos em segunda mão a bom preço, é confiável, ligeira e manejável. Um pequeno defeito é que trai um deposito muito escasso, mas é possível instalar-lhe outro mais grande. O problema segue sendo o mesmo, que igual fica pequena se decidimos ir os dous nela, de ir em duas está a possibilidade de fazer-nos com a sua irmã de 125cc.

Kawasaki KLX 250S

 

E se Deli finalmente não se anima a pilotar haverá que buscar outra cousa, tenho-lhe botado o olho à BMW F650GS e à Yamaha XT660Z Ténéré, uma versão grande da brasileira de 250. Mas haverá que seguir investigando.