Um bocado mais perto

Ontem passei o exame de circuito! Tudo está a ir muito rápido, exame teórico e de manobras à primeira, não me posso queixar.

O exame foi cedo, às 9 da manhã, chegamos com tempo e estivemos a ver o turno anterior onde houve de todo: gente que passou sem dificuldade, erros parvos ao princípio da prova e até uma caída. E nervos, muitos nervos. Eu ia relativamente tranquilo mas segundo passava o tempo a minha inquietude aumentava, que o meu professor não chegara até o último minuto não ajudou a tranquilizar-me, como não ajudou a espera do meu turno na fila e um rapaz que não parava de falar. Mas foi pôr o capacete e calçar as luvas para que todos os nervos desapareceram, isolei-me do mundo e só pensava em passar todos e cada um dos obstáculos que tinha por diante.

Choutos à espera (o do capacete branco)

Choutos à espera (com capacete branco)

Chegou o momento, dirigi-me à “minha” Yamaha e comecei a prova, primeiro o ‘L’ com o motor parado, aqui não suspendera ninguém e eu não queria ser o primeiro, feito. A segunda parte é a que mais medo me dava, um pequeno erro como pisar uma linha ou qualquer cousa que me pude-se desequilibrar deixaria-me fora, arranquei bem recto até o slalom e uma a uma superei todas as balizas, gás até o final da pista e freada de emergência. Miro cara atrás e o examinador manda-me continuar, estava feito, parte ‘B’ superada. Da terceira parte quase não lembro nada, tudo foi muito rápido, não arrisquei e tive a sensação de a fazer mais lento do que nas práticas de dias anteriores, tocava esperar a que não superara os 25 segundos para aprovar.
Depois de rematar todos os demais examinados entregaram os resultados aos professores, Pruden, o meu professor, veio cara mim com um pequeno sorriso e passou-me o braço pelos ombros mas não fui quem de decifrar a sua cara. Busquei como um tolo no papel que trazia nas suas mãos e ali estava, “APTO”, exame aprovado, mentres ouvia a Pruden dizer-lhe a Deli: “está feito um campeão”.

ExamenA2

O circuito do demo

E como não há tempo que perder esta manhã já tive a minha primeira aula de circulação, e numa semana tenho o último exame para ter a minha licença de condução, a ver se há sorte.
Por outro lado andamos mirando qual vai ser o veículo elegido para que nos leve ao redor do mundo, vamos deixando atrás a ideia dos 125 e 250cc e pensamos em algo um bocadinho mais grande, não vou desvelar qual é o modelo que temos em mente mas sim uma pista: é de 660cc.

Obstáculos antes de começar

As malas novas são que o nosso tempo de férias se vai ver reduzido e a viagem de prova vai-se ver afectada, o que significa viajar mais perto e menos tempo. Mas não é necessário ir longe para ter aventuras, não é? 🙂

O que é o maior obstáculo da nossa viagem é o orçamento, obter a licença é algo caro e ainda resta comprar a moto e todo o equipamento. Seguimos buscando maneiras de financiar a aventura e prolongá-la o máximo possível, se sabeis de pessoas ou empresas dispostas a nos patrocinar estamos abertos a ofertas. E se não faremos o que melhor se nos dá, improvisar.