Mais um dia de trabalho, mais um dia quase igual ao anterior. Não seria assim tão ruim se me deixassem trabalhar tranquilo e não me saturaram com tarefas inúteis e repetitivas; não seria tão ruim e tudo funcionaria de jeito mais eficiente se pude-se dedicar-me ao importante. Mas tudo isso molesta menos  quando penso no que estamos a preparar e que eles nem imaginam. Em só uns meses, estarei-lhes a dar a notícia da nossa marcha, deveço por ver as faces de alguns.

Entre tarefa inútil e tarefa inútil saco tempo para preparar a próxima viagem, será a melhor (e única) prova antes da nossa aventura, prova para nós e prova para parte do equipamento que levaremos. Isso se chega a tempo porque ainda não o temos, fizemos o pedido a princípios desta semana após chegar a um bom acordo com a gente de 2TMoto, em teoria tem de chegar na próxima semana. Serão 20 dias de viagem, a mais longa que fizemos até agora com A Capitana, em breve desvelaremos o destino desta mini-aventura.

As tardes não são mais relaxadas, anteontem levei à pobre moto a arranjar o estrago da última queda: tombei em parado e o pedal do freio traseiro quis suportar o peso ele sozinho. Bom, que todos os acidentes sejam assim 🙂
Eu não me atrevi a força-lo por se partia e já me estava a doer a carteira pensado que havia que cambiar a peça, mas o nosso mecânico botou-lhe um olho e após 20 segundos, e 10€, estava de volta na sua posição normal. A ver se chegam já essas protecções laterais…

Mais um dia. O tempo corre e o dinheiro vai a menos, diariamente bombardeio às empresas que me vêm à cabeça com propostas de patrocínio, mas da maioria não recebo nem resposta; já se arrependerão quando sejamos famosos! E ainda por cima ontem recebemos uma carta lembrando-nos que antes do 5 de Outubro A Capitana deve passar a primeira inspecção técnica, mais tempo e dinheiro gastados.
Isto vai caminho de se converter na volta ao mundo em moto com menor orçamento da história.