É tempo de pegar nos mapas e vermos por onde queremos e podemos passar na nossa particular viagem. Há muito a ter em conta, desde preferências pessoais a zonas em conflito a evitar, e tudo passado pela peneira do orçamento disponível, que nesta altura é mais bem escasso.

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Primeira etapa: Europa

Esta é a parte fácil e a que temos mais clara. A ideia é sair da Galiza com direcção Madrid, continuar desde aí e atravessar França até Suíça – onde aproveitaremos para visitar alguns amigos – para depois continuar pelo Norte da Itália. A entrada aos Balcãs seria feita por Eslovénia, baixaríamos pela costa Dálmata até Croácia, passando por Bósnia, Montenegro, Albânia, Macedónia e Bulgária até chegar a Turquia e, deste jeito, alcançar o limite do Continente.

Ásia: Decisões  e passagens proibidas

Após Turquia  o nosso pensamento inicial era visitar Irão e Paquistão no caminho à Índia. Mas já não o vemos assim tão claro.

O problema de Ásia são em realidade dous e chamam-se China e Myanmar (ou Burma, Birmânia…). No caso de Myanmar é proibido entrar no país com veículo próprio, o que faz impossível continuar desde a Índia por terra, tendo que transportar as motos de barco ou avião.
A única opção que há por terra é atravessando China, e aqui atopamos o outro impedimento; neste caso é um problema económico, o governo chinês só permite a circulação a estrangeiros com um veículo próprio mediante a contratação dum “serviço guia” de preço proibitivo, este guia oficial irá num 4×4 indicando o caminho por onde deves passar e que podes ou não podes ver. O custo meio deste guia é de 150$ por dia, umha barbaridade. Alguns viageiros resolve-no combinando na fronteira e partilhando o gasto entre todos, o mau desta opção é que tens que chegar sim ou sim nessa data a esse ponto.

Sabido isto há que decidir se continuar com o plano inicial e mandar as motos desde Índia a Tailândia (por mar ou ar) ou traçar umha rota que passe por Ásia Central – evitando China – que nos privaria de Índia e sudeste asiático mas permitiria-nos conhecer Mongólia.

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E depois… que?

Tinha a ilusão de chegar a Austrália, é umha espécie de pequena obsessão o que tenho há tempo com esse pais, não sei mui bem por que, quiçais seja esse algo poético que tem atingir o outro lado do mundo (mais ou menos). Mas há que cumprir certos requisitos: limpeza especial para passar o controlo anti-bactérias, traslado, trâmites no departamento de quarentena australiano,  ITV e seguros obrigatórios. E não teremos outra cousa, mas dinheiro tampouco.

Seguiremos a investigar a ver por onde vamos finalmente, se damos a volta ao globo, metemos todo num avião e de volta à casa ou retornamos em moto por outra parte de Ásia. Ou igual não pensamos nada, pegamos na estrada e vamos improvisando 🙂