A estrada está totalmente despejada a estas horas, ainda assim vou medindo cada centímetro de cada curva dos escassos 13 kilómetros que separam Algeciras de San Roque. Estas rodas são o mais falso que há numha estrada molhada, é como patinar no gelo mas sem patins.

Deixo À Capitana no aparcamento e apuro a comprar o bilhete. Carreira e madrugada inútil, chego justo quando estão a fechar a venda de bilhetes para o ferry das 8, a seguinte opçom é Balearia às 10:00, não parece tanto drama. Total já vou um dia tarde, depois da inesperada chuiva do dia anterior decidi que era melhor pospor a saída porque com estes Mitas seria bastante perigoso.
Hoje nao chove e aqui estou eu, mercando um bilhete para as 10:00 que “sairá às 11, levamos demora”. Vaia, já som duas, e como não há duas sem três, de volta onde deixara estacionada a moto decato-me de que a matrícula da Capitana está mal indicada no bilhete. O homem de balearia jura que isso não é problema nengúm, que a policia simplesmente revisará os papeis da moto. Parece convencido do que diz, assim que decido acreditar nele. Mas, se ninguém mira isso para que caralho o põem?

Sou um dos primeiros na fila e aqui começo a viver a viagem, achega-se a mim um “buscavidas” a oferecer-me -por uma pequena propina- o formulário que há que preencher para entrar a Marrocos. Papel que, por suposto, che dão  no barco de forma gratuita.
Não sei como mui bem como funciona isto das distintas companhias de transporte, mas por algumha razão desconhecida para mim, a gente que estava a aguardar para o ferry de Acciona das 11:30 está a passar antes que nós (das 10:00/11:00). Finalmente a rapaza do balcão mentiu estava errada e não saímos às 11, mas às 12.

2h de atraso

Mapa e compás

FilaJá abordo mais despropósitos ainda: a gente, muito organizada e civilizadamente, coloca-se em fila e começa a preencher os formulários. Meia hora mais tarde o senhor agente da polícia marroquina chega e decide sentar noutro lugar. Carreiras e descontrole, gente anojada porque outros aproveitaram a confusão para avançar na fila… Acabo com os trâmites e sinto-me mui canso, são mais das 12 e levo em pé desde as 5:30. É hora de comer algo. Por sorte Deli já pensara em todo e deixou-me preparado um sanduíche e algo de fruita. O que a vou botar em falta nesta aventura. A Capitana é a única moto neste ferry, o que me serve para ser o primeirinho em sair. A mesma burocracia de há dous anos: Ensinar o passaporte mais vezes das que seriam necessárias com um mínimo de organização, passeio arriba e abaixo para conseguir o famoso “papel verde” (importação temporária do veiculo), papel que há que amostrar ao polícia situado 100 metros mais adiante do lugar onde o tiras, totalmente ridículo. Ainda assim não é tão mau, já estou oficialmente em Marrocos. Tanger Med

Pole Position