Dizia Helen Rowland que “as loucuras que mais se lamentam na vida de um homem são as que não se cometeram quando se teve a oportunidade“, e chega um ponto na vida no que nom semelha má ideia guiar a tua existência segundo esta emocionante premissa.

Já nem lembro quando nem onde ouvi falar do Rally de Albânia, um verdadeiro rally de orientação em versão lowcost: 7 dias e quase 2000 kilómetros num dos percorridos mais exigentes do continente. Ficou oculto na minha cabeça junto a todas essas coisas que seria interessante fazer algum dia.

Talvez animado pelo Dakar, que estava prestes a começar, ou pela necessidade vital de um novo desafio, cheguei de novo a este rali, ou ele chega a mim, nom tenho a certeza disso. De umha forma ou de outra, o final de 2016 estava a chegar e com ele o prazo da taxa reduzida. Mas tudo parecia irreal, umha quimera, nada mais: Sem experiência em competição, competências off-road muito limitadas, zero conhecimentos de mecânica… Para não falar do esforço económico.

Mas “a loucura é como a gravidade, basta um pequeno empurrão”. E foi então que o Deli chegou para me empurrar, convencendo-me a inscrever-me mesmo antes do dia 31 de dezembro: De repente, estava no sítio Web do rali, a preencher o formulário e a efetuar o pagamento; no dia seguinte, chegou um e-mail com a confirmação. Estava feito, não havia volta atrás.

E aqui estamos nós, com o dorsal 50 para umha aventura quase suicida, a organizar as férias e a procurar patrocinadores e ajuda para chegar a terras albanesas. Porque é low-cost… mas não é bem assim, a Albânia fica no outro canto da Europa, e depois há a preparação da moto, peças, material, etc.